A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) decidiu antecipar o fim do convênio que mantinha com a Universidade de Haifa, em Israel. A decisão foi tomada em votação pela Congregação da faculdade, com 46 votos favoráveis à renúncia do acordo, que tinha validade até maio de 2026.
A medida foi motivada por protestos estudantis e posicionamentos críticos de parte do corpo docente, que se manifestaram contrários ao convênio desde o início dos ataques das Forças de Segurança de Israel nas cidades palestinas em Gaza e na Cisjordânia. As ações militares foram desencadeadas após um ataque do grupo Hamas.
A unidade tem apresentado posições contrárias ao convênio desde o início dos ataques das Forças de Segurança de Israel às cidades palestinas em Gaza e na Cisjordânia. A ação do exército israelense tem sido criticada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela maioria dos estados membros, inclusive o Brasil.
Representantes dos estudantes elogiaram a decisão, atribuindo-a às “denúncias de graves violações de direitos humanos cometidas pelo Estado de Israel contra a população palestina”. Um dos estudantes, João Conceição, representante discente da Comissão de Cooperação Internacional da FFLCH, afirmou que a decisão representa uma vitória da ética e que a universidade pública brasileira não pode ser cúmplice de quem transforma o conhecimento em instrumento de guerra.
A USP mantém o convênio com a Universidade de Haifa desde 2018. A Congregação da FFLCH recomendará ao Conselho Universitário a extensão do rompimento. Outras universidades brasileiras já romperam convênios com instituições israelenses, como a Unicamp (SP), a UFF (RJ) e a UFC (CE).
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br