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Trabalho por Aplicativo: Ganho Maior, Jornada Extensa e Menos Proteção Social

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

Em 2024, trabalhadores que utilizam aplicativos para gerar renda apresentaram um rendimento médio mensal de R$ 2.996. Esse valor supera em 4,2% a renda dos trabalhadores que não atuam por meio de plataformas digitais, que foi de R$ 2.875. Contudo, essa diferença já foi mais expressiva, atingindo 9,4% em 2022.

Embora o rendimento seja superior, a jornada de trabalho também é mais extensa. Em média, trabalhadores plataformizados cumprem 44,8 horas semanais, enquanto os não plataformizados trabalham 39,3 horas. Essa disparidade resulta em um valor por hora trabalhada inferior para os trabalhadores de aplicativos: R$ 15,4 contra R$ 16,8 dos demais.

O levantamento, que coletou informações de pessoas com 14 anos ou mais, considerou aplicativos de táxi, transporte particular de passageiros, entrega de comida e produtos, e prestação de serviços gerais ou profissionais. Foram identificados 1,7 milhão de trabalhadores plataformizados.

A pesquisa aponta que, entre os trabalhadores com ensino fundamental completo e médio incompleto, o rendimento dos plataformizados supera em 50% a média nacional. No entanto, entre aqueles com nível superior, os plataformizados recebem 29,8% menos (R$ 4.263) do que os que não trabalham por aplicativos (R$ 6.072).

O estudo também revela que a informalidade e a falta de contribuição para a previdência são mais frequentes entre os trabalhadores de aplicativos. Enquanto 43,8% dos trabalhadores em geral estão na informalidade, esse número salta para 71,7% entre os plataformizados. Apenas 35,9% dos trabalhadores de aplicativos contribuem para a previdência, em comparação com 61,9% dos não plataformizados.

Entre os motoristas, o rendimento médio mensal dos que atuam por aplicativos é de R$ 2.766, superando em R$ 341 o dos demais motoristas (R$ 2.425). A jornada de trabalho também é maior, com 45,9 horas semanais contra 40,9 horas. A informalidade atinge 83,6% dos motoristas de aplicativo, enquanto entre os demais motoristas esse índice é de 54,8%.

No caso dos motociclistas, o rendimento mensal dos que trabalham por aplicativos é de R$ 2.119, 28,2% a mais que os não plataformizados (R$ 1.653). A jornada semanal é de 45,2 horas para os plataformizados, contra 41,3 horas dos demais. A informalidade atinge 84,3% dos motociclistas que utilizam plataformas digitais, contra 69,3% dos não plataformizados.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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