Em Brasília, o Governo Federal lançou o Fórum de Mulheres na Saúde, uma iniciativa conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério das Mulheres. O objetivo central é criar um espaço permanente para debate e construção de políticas públicas voltadas à saúde integral da mulher, com participação social no Sistema Único de Saúde (SUS).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou que a saúde da mulher é prioridade, destacando que as mulheres são as maiores usuárias do SUS, tanto para seus próprios cuidados quanto para acompanhar familiares. Ele também ressaltou que elas representam a maioria dos profissionais de saúde, constituindo 75% dos trabalhadores no SUS e 65% na saúde em geral, incluindo setores público e privado.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, salientou a importância de incluir a representação de diversos segmentos sociais na construção de políticas públicas mais eficazes, mencionando grupos, movimentos, entidades e lideranças comunitárias com conhecimento da realidade local.
A iniciativa recebeu apoio de diversas figuras, incluindo Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin, que destacou a importância de ouvir e valorizar as vozes femininas. Luiza Brunet, ativista e empresária, considerou o fórum um canal importante para comunicar as necessidades das mulheres a ministros e outros representantes.
Representantes de diferentes setores também manifestaram suas expectativas. A assistente social Elisandra Martins de Freitas, do movimento hip-hop, defendeu a atenção à saúde mental e a inclusão de sugestões de movimentos sociais já existentes. Aline Sousa, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, ressaltou a importância da reciclagem para a saúde pública e o papel das mulheres, que representam a maioria da força de trabalho no setor.
O Fórum de Mulheres na Saúde, de caráter consultivo e propositivo, abordará temas como saúde sexual e reprodutiva, atenção ao parto e pós-parto, menopausa, saúde menstrual, violência de gênero, saúde mental e prevenção do câncer. A primeira reunião está prevista para janeiro de 2026.
A secretária de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Ana Luiza Caldas, citou ações como o Programa Dignidade Menstrual, que já distribui absorventes higiênicos gratuitamente para milhões de mulheres, a Rede Alyne, voltada à atenção materna e infantil, e as Salas Lilás, para acolher mulheres vítimas de violência.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
