O clima seco persistente na capital e interior paulista coloca a região metropolitana de São Paulo, lar de mais de 10% da população brasileira, em estado de atenção. A Defesa Civil do Estado alerta para o alto risco de incêndios em vegetação em quase todo o território, com situação de emergência nas áreas de Ribeirão Preto, Bauru, Araraquara e Presidente Prudente.
O nível de alerta vermelho se concentra no Vale do Paraíba, Região Metropolitana de São Paulo e litoral sul, onde a combinação de baixa umidade e ventos constantes facilita a propagação de chamas. As autoridades reforçam a necessidade de atenção redobrada por parte das equipes municipais e estaduais devido às condições críticas típicas do período de estiagem.
A faixa leste do estado, incluindo o Vale do Ribeira e o litoral norte, pode entrar em situação de emergência. Uma melhora sensível no cenário é esperada somente a partir de quarta-feira (8). No domingo (5), focos de incêndio de grandes proporções foram registrados nas cidades de Presidente Venceslau, Presidente Prudente, Espírito Santo do Pinhal e Itapura, sem relatos de vítimas.
A seca intensa na região tem provocado a diminuição do volume de água nos reservatórios em um ritmo de aproximadamente 0,3% ao dia. No domingo, o volume total era de 30,3%. O nível de 30% é considerado crítico, configurando situação emergencial, como já ocorre desde o primeiro dia de outubro no reservatório da Cantareira, o maior do estado.
Em âmbito nacional, o Maranhão ultrapassou o Mato Grosso como o estado com o maior número de queimadas em 2025, totalizando 11.511 focos. Mato Grosso, que apresentou uma diminuição de 80% nos focos, ocupa a segunda posição com 9.399 registros. Tocantins, em terceiro lugar, contabiliza 8.849 focos, com uma queda de 42%. Até outubro, o Brasil registrou 81.374 focos de queimadas, representando uma queda de 62% em relação a 2024 e o menor valor da década.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br