A complexa questão da morte é abordada sob uma perspectiva que transcende a compreensão puramente histórica, explorando a transformação do ser humano para além do seu fim biológico. Em continuidade a um debate anterior, a análise concentra-se na totalidade do indivíduo: sua dimensão histórico-social e sua existência histórico-individual, que englobam o corpo, a vida e o espírito (ou a pessoa como um todo).
A argumentação centraliza-se na ideia de que, historicamente, é o ser humano em sua completude que experimenta a “morte”. Esse evento não é visto como um mero cessar da existência, mas sim como a cessação de uma modalidade de ser histórica.
Entende-se que o indivíduo deixa de existir na esfera da história, adentrando um processo de meta-historicização, uma transição para um estado ainda não totalmente definido. A “passagem” implica uma mudança fundamental na forma de ser e na relação com a realidade. A natureza exata desse novo estado permanece em aberto, convidando à reflexão sobre o que pode estar além da experiência terrena. A discussão busca aprofundar o entendimento sobre a essência do ser humano e sua jornada além dos limites da vida como a conhecemos.
Fonte: portaldascebs.org.br