Escola Municipal na Zona Oeste do Rio de Janeiro se prepara para receber o projeto “Poéticas na Escola – Slam” a partir desta quarta-feira (8). A Escola Municipal Ginásio Emilinha Borba, localizada em Santa Cruz, oferecerá dez oficinas para alunos de 12 a 14 anos, introduzindo-os ao universo do “slam” – poesia de cunho crítico social, recitada sem acompanhamento musical ou figurino elaborado.
As aulas, que se estenderão até meados de novembro, visam desenvolver a expressão poética e o interesse pela literatura entre os jovens. O projeto já beneficiou mais de 2.770 estudantes em 13 escolas do município e região metropolitana do Rio de Janeiro.
A iniciativa é promovida pela organização Alkebulan Arte & Cultura, com o apoio de instituições públicas, como o Ministério da Cultura e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.
Felipe Calarco, coordenador do projeto, destaca o impacto positivo da iniciativa no interesse dos alunos pela leitura e na sua capacidade de expressão. Segundo ele, muitos estudantes, antes tímidos, ganham confiança na fala e na escrita após a experiência. Além disso, a poesia se revela como um canal para lidar com emoções e compartilhar vivências. Há relatos de alunos que, após o projeto, demonstram maior interesse pela leitura, buscam referências e até mesmo começam a escrever espontaneamente.
Calarco aponta desafios, como a falta de recursos financeiros para aprimorar a estrutura do “Poéticas na Escola” e a dificuldade de integrar o projeto à rotina escolar. Na escola Emilinha Borba, as oficinas serão realizadas no contraturno.
O conceito de batalhas de poesia em escolas surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, na década de 1980, e ganhou popularidade no Brasil, especialmente entre jovens das periferias, como uma forma de expressão e resistência. Atualmente, o país conta com um circuito de competições em nível nacional.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br