O Ministério Público de São Paulo (MPSP) formalizou denúncia contra 20 pessoas, sendo 11 homens e nove mulheres, por envolvimento em um esquema de falsificação de bebidas alcoólicas no estado. A prisão em flagrante do grupo ocorreu no dia 23 de setembro, durante uma operação que investigava a adulteração de bebidas.
A investigação, conduzida pela Polícia Civil de Santo André, inicialmente apurava crimes de receptação de bebidas alcoólicas destinadas à distribuição na cidade. No local da prisão, foram apreendidos diversos materiais utilizados na adulteração, incluindo garrafas, rótulos, tampas, além de equipamentos de produção e armazenamento. Os suspeitos foram flagrados manipulando os produtos.
Segundo o promotor Felipe Ribeiro Santa Fé, a organização criminosa apresentava uma “clara divisão de tarefas”, evidenciando a estabilidade e permanência da associação, além de demonstrar a gravidade das condutas e o risco de reincidência.
O governo paulista informou que, entre os presos e denunciados, encontra-se o principal fornecedor de insumos para a falsificação de bebidas no estado. Até o momento, 41 pessoas foram presas no ano sob acusação de adulteração de bebidas. As prisões realizadas até o momento não possuem relação entre si e não indicam ligação com o crime organizado.
O estado de São Paulo registrou 14 casos de intoxicação por metanol, com duas mortes confirmadas. Há ainda 178 casos em investigação, com sete óbitos em apuração. As principais linhas de investigação da Polícia Civil apontam para a contaminação por metanol utilizado na limpeza de garrafas reaproveitadas e o uso da substância para aumentar o volume de bebidas adulteradas.
Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol após o consumo de bebida alcoólica. Desse total, 17 casos foram confirmados e 200 seguem sob investigação.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br