O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, nesta sexta-feira, o desejo de discutir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as sanções aplicadas pelo país norte-americano a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita a jornalistas ao término de sua viagem à Indonésia. A próxima parada do presidente é na Malásia, onde Trump também estará presente.
Lula enfatizou seu interesse em defender os interesses do Brasil e demonstrar o equívoco nas taxações impostas ao país. Ele pretende apresentar dados que sustentem sua argumentação. A questão central, segundo o presidente, é a punição imposta aos ministros da Suprema Corte brasileira, classificada como inexplicável e incompreensível.
A motivação para as sanções americanas a sete ministros do STF seria a atuação da Corte no julgamento dos eventos relacionados às ações durante o governo de Jair Bolsonaro.
O encontro entre Lula e Trump ocorrerá durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e no encontro de líderes do Leste Asiático (EAS), ambos na Malásia. Este será o primeiro contato mais substancial entre os dois líderes desde um breve encontro na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, em setembro.
Na ocasião da ONU, Trump mencionou o encontro rápido com Lula, descrevendo-o como um homem agradável e destacando a “química excelente” entre eles. Posteriormente, os presidentes conversaram por telefone, e Lula solicitou a revisão da sobretaxa de 50% aplicada a produtos brasileiros.
Na Indonésia, Lula participou de reuniões com empresários, encontrou-se com o presidente Prabowo Subianto e formalizou acordos bilaterais. Ele defendeu a expansão das relações comerciais do Brasil com outras nações, incluindo a Indonésia, ressaltando a importância de buscar ativamente oportunidades e oferecer os produtos e serviços que o Brasil tem a oferecer.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br