Em um contexto de crescente tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou em defesa da soberania venezuelana e cubana. Sem mencionar diretamente o nome do ex-presidente americano Donald Trump, Lula criticou a crescente pressão exercida sobre o governo de Nicolás Maduro.
“O que defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, declarou Lula durante um evento em Brasília. Ele argumentou que cada nação tem sua própria identidade e trajetória, e que o futuro da Venezuela deve ser definido pelos venezuelanos.
A manifestação de Lula ocorre após a confirmação de que a CIA foi autorizada a conduzir operações secretas na Venezuela. Essa ação foi vista por analistas como uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas (ONU).
Lula também condenou a inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo. “Cuba não é um país de exportação de terroristas. Cuba é um exemplo de povo e dignidade”, enfatizou.
Os Estados Unidos mantêm um embargo econômico e financeiro contra Cuba desde a década de 1960, buscando alterar o sistema político da ilha. As medidas restritivas foram intensificadas, inclusive com ameaças a países que contratam serviços médicos cubanos.
A tensão na região aumentou com o envio de militares, navios de guerra e aviões para o Caribe, sob a alegação de combater o tráfico de drogas proveniente da Venezuela. O governo venezuelano denuncia que os Estados Unidos buscam uma “mudança de regime” e prometeu levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU. Especialistas apontam que o interesse dos EUA na Venezuela é de ordem geopolítica, dada a relevância de suas reservas de petróleo.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
