Em um cenário de otimismo nos mercados nacional e internacional, a bolsa de valores brasileira continua sua trajetória ascendente, registrando o quinto recorde consecutivo e se aproximando da marca dos 150 mil pontos. O dia foi marcado pelo otimismo, enquanto o dólar apresentou estabilidade, apesar de uma valorização mensal superior a 1%.
O Ibovespa, principal índice da B3, fechou o último dia de negociações em 149.540 pontos, impulsionado pela entrada de capital estrangeiro, com uma valorização de 0,51%. Este é o oitavo pregão consecutivo de alta, acumulando ganhos de 2,26% em outubro e um avanço de 24,32% no acumulado do ano.
No mercado cambial, o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,38, com uma ligeira queda de 0,01%. A moeda americana oscilou ao longo do dia, atingindo R$ 5,40 e caindo para R$ 5,37, antes de se estabilizar. Apesar da estabilidade no dia, o dólar registrou uma alta de 1,08% em outubro, mas acumula uma queda de 12,94% no ano, figurando como a moeda latino-americana com melhor desempenho.
Fatores internos e externos influenciaram o mercado financeiro. A diminuição das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, após um acordo sobre terras raras, incentivou o fluxo de capitais para mercados emergentes, como o Brasil. No âmbito doméstico, o dólar enfrentou pressões do último dia útil do mês, marcado pelo fechamento da Taxa Ptax. No entanto, a entrada de recursos externos atenuou essas pressões ao longo da tarde.
Além do fluxo de capitais estrangeiros, dados recentes sobre o mercado de trabalho brasileiro também contribuíram para o otimismo na bolsa. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo IBGE, revelou que a taxa de desemprego se manteve em 5,6% no trimestre encerrado em setembro. Apesar da manutenção do menor nível histórico, a taxa de ocupação apresentou uma leve queda, de 58,8% para 58,7% no mesmo período.
Analistas apontam que a estabilidade do desemprego, mesmo com a leve queda na taxa de ocupação, pode diminuir as chances de o Banco Central adiar o início dos cortes na Taxa Selic, o que favorece investimentos considerados mais arriscados, como a bolsa de valores.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br