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Homens Armados Atacam Moradores de Rua e Matam Dois no Rio

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga um ataque a tiros que vitimou três homens em situação de rua na madrugada desta sexta-feira. O crime ocorreu embaixo do viaduto do Irajá, na zona norte do Rio, onde as vítimas viviam com outros indivíduos em situação de vulnerabilidade social.

Segundo relatos, os atiradores desceram de um carro e efetuaram os disparos contra o grupo. Dois homens morreram no local. A terceira vítima, identificada como Jaílton Matias Anselmo, de 37 anos, foi socorrida e encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde permanece internada em estado grave.

Policiais militares do Batalhão de Irajá isolaram a área para a realização da perícia. Uma das vítimas fatais foi identificada como Ethervaldo Bispo dos Santos, de 52 anos, natural de Salvador. Ethervaldo, que sofria sequelas de um acidente vascular cerebral isquêmico, residia no local há mais de 10 anos e era conhecido na região de Irajá. Ele era percussionista e participava dos ensaios do Movimento Afro Cultural Ilu Odara, um bloco afro inspirado nos ritmos de samba afro e reggae. A outra vítima fatal ainda não foi identificada.

O idealizador do Movimento Afro Cultural Ilu Odara, Lucas Xarará, expressou surpresa e pesar pelo ocorrido, destacando o acolhimento que os moradores de rua sempre proporcionaram ao grupo sob o viaduto de Irajá. A Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro informou a Xarará sobre a morte de Ethervaldo, conhecido como Bahia, que não possuía documentação nem familiares no Rio.

O Movimento Afro Batikum fez um apelo para encontrar familiares ou pessoas que possam reconhecer Ethervaldo, a fim de garantir um sepultamento digno.

A Defensoria Pública do Rio, por meio da subcoordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, Cristiane Xavier, está acompanhando o caso, atuando na Delegacia de Homicídios, no Hospital Getúlio Vargas e no Instituto Médico Legal. A Defensoria enviará um ofício às autoridades solicitando a preservação de imagens captadas por câmeras de segurança próximas ao local do crime. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro repudiou o ataque.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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