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Gaza: Professores Mantêm Aulas em Meio ao Conflito, Desafiando a Destruição

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

Em Gaza, apesar da crise humanitária, professores universitários encontram formas de manter o ensino ativo. Gravações de aulas e materiais didáticos são deixados em bibliotecas locais para que os alunos possam continuar seus estudos remotamente. A informação foi revelada pela professora Hala El-Khoondar, dos departamentos de Engenharia Elétrica e Sistemas Inteligentes da Universidade Islâmica de Gaza, durante a 17ª Conferência Geral da Academia Mundial de Ciências no Rio de Janeiro.

A professora destacou a importância do estudo online como uma forma de garantir a continuidade da formação dos alunos e oferecer um escape da realidade. Entretanto, reconheceu que nem todos têm acesso a essa modalidade.

Além dos esforços dos professores, a resiliência dos estudantes é notável, dividindo seu tempo entre os estudos e a busca por recursos básicos como comida, água e energia para carregar seus dispositivos.

A recente ofensiva contra a região destruiu centros de estudo, incluindo a Universidade Islâmica de Gaza, que abrigava cerca de 18 mil estudantes. A universidade possuía aproximadamente 200 laboratórios científicos, 20 institutos e um hospital. Dez cursos superiores eram oferecidos, incluindo medicina, engenharia e artes. O presidente da instituição, Sufyan Tayeh, faleceu em um ataque aéreo em dezembro de 2023.

A dificuldade de sair da região para realizar pesquisas é outro obstáculo, já que as fronteiras são controladas e o aeroporto local foi destruído.

Especialista em sistemas de energia solar e fibras ópticas, Hala El-Khoondar, que atualmente reside na Inglaterra e trabalha no Imperial College, expressou sua preocupação com a perda de alunos a cada semestre.

A 17ª Conferência da Academia Mundial de Ciências reuniu cientistas para discutir o fortalecimento da ciência nos países do Sul Global e temas como inteligência artificial, mudanças climáticas e segurança alimentar. O físico Marcelo Knobel é o atual diretor da academia. Durante o evento, os cientistas brasileiros Maria Cecília Minayo e Luiz Davidovich foram premiados.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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