Em um dia de forte volatilidade, o mercado financeiro brasileiro registrou turbulências significativas. O dólar americano fechou em alta, impulsionado por um cenário externo desfavorável e tensões internas relacionadas a uma medida provisória que propõe mudanças na tributação de investimentos. Paralelamente, a bolsa de valores experimentou sua segunda queda consecutiva, revertendo ganhos acumulados desde o início de setembro.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,351, representando uma valorização de R$ 0,04, equivalente a 0,75%. A moeda americana oscilou ao longo do dia, chegando a atingir R$ 5,32 durante a manhã, antes de retomar a trajetória ascendente e se aproximar da máxima diária no fechamento. Este é o maior valor do dólar desde 25 de setembro. Em outubro, a divisa acumula alta de 0,51%, mas no acumulado de 2025, registra queda de 13,43%.
O mercado de ações também enfrentou um dia difícil. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou em 141.356 pontos, com uma queda de 1,57%. Este é o menor patamar atingido pelo índice desde 4 de setembro.
A instabilidade no mercado financeiro foi influenciada por uma combinação de fatores internos e externos. No cenário internacional, o aumento da aversão ao risco impulsionou a valorização do dólar em escala global. Além das preocupações com a possível paralisação do governo americano, a crise política na França, desencadeada pelo pedido de renúncia do primeiro-ministro, também exerceu pressão sobre os mercados europeus.
No Brasil, a incerteza em torno da medida provisória que visa tributar investimentos para compensar a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou tensões adicionais. A aprovação da medida é crucial, pois ela precisa ser votada até amanhã para não perder a validade. Um acordo para votação foi anunciado no fim da tarde, com o texto sendo aprovado pela comissão especial do Congresso no início da noite.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br