O Ministério da Saúde intensificará a luta contra a dengue com uma mobilização nacional no próximo sábado (8). A ação visa sensibilizar gestores públicos, profissionais da saúde e a população sobre a importância das medidas para controlar o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou o “Dia D” contra a dengue, parte da campanha nacional “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”, lançada nesta semana. O objetivo é organizar a assistência, reforçar a prevenção e identificar pontos críticos nas cidades.
Em 2025, o país registrou 1.611.826 casos prováveis de dengue e 1.688 mortes. Apesar de os números serem inferiores em 75% e 72% em relação ao mesmo período de 2024, o ministro Padilha considera a situação preocupante, especialmente com a proximidade do período de maior incidência da doença, entre novembro e maio.
Um levantamento recente revelou que ao menos 30% dos municípios brasileiros estão em estado de alerta para a dengue. O secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Fabiano Pimenta, reforça a importância da participação da população, pois mais de 80% das larvas do mosquito foram encontradas em residências, em locais como vasos de plantas, pneus e caixas d’água.
São Paulo lidera o número de casos prováveis (890 mil) e óbitos (1.096). Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul também registram altos índices da doença.
O Ministério da Saúde afirma estar preparando a rede de saúde para um possível aumento de casos, com reforço na assistência, atuação da Força Nacional de Saúde em cidades com alta incidência, instalação de centros de hidratação e distribuição de insumos.
A principal aposta do ministério é a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com um fabricante chinês. A expectativa é que a Anvisa aprove o imunizante até o final do ano, permitindo que as primeiras doses sejam aplicadas em 2026. A farmacêutica chinesa WuXi Biologics deve entregar 40 milhões de doses ao Brasil no próximo ano.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br