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Corpos de Vítimas de Operação no Rio Liberados do IML; Famílias Buscam Respostas

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

As famílias das vítimas da Operação Contenção, realizada no início da semana nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, estão deixando o Instituto Médico Legal (IML) após a identificação dos corpos. Até o dia 31, restavam apenas oito corpos para identificação, conforme a Polícia Civil.

Familiares expressam alívio pelo encerramento da busca, mas também revolta diante da tragédia. Karine Beatriz, grávida, esteve no IML para reconhecer o corpo do marido, Wagner Nunes Santana, pai de seu futuro filho, após três dias de procura. Segundo ela, Wagner foi encontrado em um lago na Serra da Misericórdia, na Penha.

Karine questiona a letalidade das operações policiais no Rio, mencionando o impacto nas crianças e na comunidade, e contesta as circunstâncias da morte do marido, que, segundo ela, apesar de envolvido com o crime, era um pai de família e trabalhador. Ela relata que Wagner foi encontrado com um tiro na testa e denuncia execuções na ação policial.

De acordo com o último balanço, 99 pessoas foram identificadas pelo IML. Desse total, 42 possuíam mandados de prisão pendentes e 78 tinham envolvimento com atividades criminosas. 13 eram de outros estados.

O governo do estado justificou a operação como uma tentativa de conter a expansão do Comando Vermelho, alegando que o grupo recebia treinamento em armamento e explosivos nas áreas visadas e movimentava cerca de 10 toneladas de drogas por mês.

Apesar das críticas sobre a eficácia da operação, que não resultou na prisão dos principais líderes da facção, o governador Cláudio Castro defendeu a ação, destacando o trabalho de investigação e inteligência e a periculosidade dos envolvidos. Ele também ressaltou a importância da integração com outros estados e prometeu entregar relatórios completos às autoridades competentes.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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