A importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer de mama e do câncer do colo do útero foram ressaltadas durante a abertura da campanha Outubro Rosa. A iniciativa, que visa aumentar a conscientização sobre essas doenças, foi lançada durante o último dia da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília.
O câncer de mama é o tipo mais incidente e a principal causa de mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam para cerca de 73.610 novos casos por ano no país para o triênio de 2023 a 2025. Em 2021, foram registrados mais de 18 mil óbitos de mulheres em decorrência da doença. Contudo, o Inca enfatiza que a detecção precoce e o tratamento oportuno aumentam significativamente as chances de um prognóstico favorável. A recomendação do Inca é que as mulheres realizem o autoexame das mamas regularmente e façam o rastreamento por meio da mamografia.
O câncer do colo do útero, por sua vez, está fortemente associado à infecção persistente pelo vírus HPV. A vacinação contra o HPV é a principal forma de prevenção, sendo recomendada a aplicação de dose única para meninas e meninos entre 9 e 14 anos. A vacina também está disponível para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos. O exame Papanicolau, realizado a cada três anos em mulheres de 25 a 64 anos, é o principal método de detecção precoce da doença.
Além da campanha Outubro Rosa, a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres também celebrou o Dia Internacional das Pessoas Idosas. Dados do Censo Demográfico de 2022 revelam que a população idosa no Brasil ultrapassa os 32 milhões de pessoas, representando 15,8% da população total. As mulheres representam a maioria dentro da população com 60 anos ou mais. A importância do cuidado com a população idosa, principalmente com as mulheres, foi destacada durante o evento, com o anúncio de que os idosos estarão dentro do Plano Nacional de Cuidados, que ainda será lançado pelo governo federal.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br