A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas (Seris) apresentou esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a demora no envio de informações referentes ao monitoramento do ex-presidente Fernando Collor. Segundo a Seris, a falha na comunicação decorreu da “falta de conhecimento” do endereço de e-mail do gabinete do ministro.
A explicação surge após Moraes determinar que a defesa de Collor justificasse o desligamento da tornozeleira eletrônica utilizada pelo ex-presidente, sob pena de decretação de prisão. O ministro também cobrou explicações do governo de Alagoas sobre o atraso na notificação do incidente, uma vez que a tornozeleira ficou sem bateria nos dias 2 e 3 de maio, mas a informação só chegou ao STF em outubro. O desligamento ocorreu justamente no primeiro dia do cumprimento da prisão domiciliar.
Em resposta, a Seris assegura que o monitoramento de Fernando Collor foi realizado de forma efetiva, mas os relatórios não foram encaminhados tempestivamente devido à ausência do contato eletrônico correto do gabinete de Moraes. A secretaria nega qualquer intenção de omitir informações relevantes sobre o caso.
Fernando Collor foi condenado em 2023 a oito anos e dez meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um esquema envolvendo a BR Distribuidora. Após a rejeição dos recursos da defesa, Moraes determinou a prisão do ex-presidente em abril deste ano. A defesa recorreu ao STF, solicitando a concessão de prisão domiciliar com uso de tornozeleira, alegando a idade avançada de Collor (75 anos) e a presença de doenças graves, como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. A Corte concedeu o benefício em caráter humanitário.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br